domingo, 22 de janeiro de 2012

Interdição da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, completa 30 anos hoje

Esta não é a noticia que gostaria de divulgar aqui, mas quem sabe façam algo antes que a esta ponte caia e o símbolo de Santa Catarina fique só em nossa memória. А fonte é o Jornal Diário Catarinense.


Três décadas fechada

Diogo Варгас
Neste domingo, lá se vão 30 anos de fechamento do tráfego da Ponte Hercílio Luz. Desde o dia 22 de janeiro de 1982, a data da interdição, Florianópolis convive com a promessa de restauração. As três décadas se passaram, milhões foram despejados para manutenção e reforma, mas nada de abrir novamente. Nem para pedestres.A obra continua em ritmo lento, a sua marca registrada.
Atualmente, estão sendo colocadas estacas para a estrutura que será montada para dar suporte ao trabalho no vão central. Uma delas sucumbiu recentemente no mar. Ainda não se sabe como. Estima-se que, depois de ser fechada, o poder público gastou com a ponte cerca de R$ 100 milhões. 
Se for considerado o tempo desde que a manutenção começou, no início dos anos 1960, a cifra sobe para R$ 135 milhões. Os dados foram obtidos pelo Diário Catarinense em levantamento pedido ao Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra).
No site do Sistema Integrado de Controle de Obras Públicas (Sicop), onde o governo do Estado divulga informações da movimentação financeira de obras, é possível conferir apenas os números dos contratos recentes (Consórcio Monumento). Uma outra forma de saber mais sobre o dinheiro injetado na ponte é por consultas a arquivos históricos da Biblioteca Pública, no Centro. 
Além dos jornais, há livros sobre a história da ponte e as ações de tentativa de reabilitação. Há relatos, por exemplo, de que o gasto médio mensal com manutenção era de R$ 150 mil. Também constam informações de períodos sem ação nenhuma: de agosto de 1998 a dezembro de 1999 a manutenção foi interrompida por falta de recursos.
A restauração era para ser concluída em maio deste ano, quando a ponte completa 86 anos de existência, mas foi adiada para 2014. A justificativa é a mesma: não há recursos disponíveis. Nos cálculos do governo, a recuperação completa custará R$ 170 milhões. Faltaria investir ainda R$ 132.077.582,63.
E de onde virá essa quantia? O governo catarinense quer captar R$ 75 milhões com a Lei Rouanet, onde empresas apoiam o projeto e deduzem o valor de impostos. Os secretários de Turismo, Cultura e Esporte, Cesar Souza Junior, e de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, afirmam que tiveram essa garantia da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, em Brasília, na última quarta-feira.
Entre tantos encontros e reuniões, a nova data tão esperada a partir de agora será de 12 a 14 de março, quando haverá audiência do conselho gestor da Lei Rouanet, em Florianópolis. Depois, a fase será de mobilização com o empresariado e a Federação das Indústrias de SC (Fiesc). No Brasil, mobilização semelhante pela Rouanet aconteceu para a reforma do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A captação por esta forma teria sido R$ 50 milhões para a sua restauração, valor inferior ao projetado para a Hercílio Luz.

 

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